sábado, 20 de dezembro de 2008

Universidade NY ocupada

"De Nova Iorque: Acabamos de ocupar a 'New School University'. Nós liberamos este espaço para nós mesmos, e para todos aqueles que queiram se juntar nós, para uso autônomo geral. Nós tomamos a universidade em solidariedade explícita com o aqueles que ocupam as universidades e as ruas na Grécia, na Italia, na França e na Espanha. Esta ocupação começa como uma resposta às circunstâncias específicas na 'New School', sobre a corporatização da universidade e no empobrecimento do ensino em geral. Entretanto, não é apenas esta universidade mas igualmente a cidade de Nova Iorque que está em crise: nos próximos meses, milhares de nós estaremos perdendo nossos empregos, a moradia vai atingir preços exorbitantes e inacessível a muitos e haverá picos no custo de vida. Assim, nós afirmamos que a natureza geral destas circunstâncias intoleráveis reside na do capitalista em todos seu espectro, em nossas universidades e em nossas cidades, e em todas as relações sociais. Por este motivo, o que começa hoje à noite na "New School" não pode, e não deve, ser contido aqui. De tal forma que: com esta ocupação, nós inauguramos uma seqüência de revolta em New York City e nos Estados Unidos, uma onda de ocupações, bloqueios, e greves nesse momento de crise. Podem ter certeza de que isso é apenas o começo. Com solidariedade e amor, de Nova Iorque à Grécia, A Italia, a França e a Espanha, á insurreição vindoura! Comitê de ocupação da Universidade "New School""


From New York City:We have just occupied New School University.We liberate this space for ourselves, and all those who want to join us,
for our general autonomous use. We take the university in explicitsolidarity with those occupying the universities and streets in Greece,Italy, France and Spain.This occupation begins as a response to specific conditions at the New
School, the corporatization of the university and the impoverishment ofeducation in general. However, it is not just this university but alsoNew York City that is in crisis: in the next several months, thousands
of us will be losing our jobs, while housing remains unaffordable andunavailable to many and the cost of living skyrockets.So we stress that the general nature of these intolerable conditionsexists across the spectrum of capitalist existence, in our universities
and our cities, in all of our social relations. For this reason, whatbegins tonight at the New School cannot, and should not, be contained here.Thus: with this occupation, we inaugurate a sequence of revolt in New
York City and the United States, a coming wave of occupations,blockades, and strikes in this time of crisis.Be assured, this is only the beginning,With solidarity and love from New York to Greece,
To Italy, France and Spain,To the coming insurrection.- New School Occupation Committee http://www.newschoo.linexile.com

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CACOS - Centro Acadêmico de Comunicação Social - UFMS –
Fundado em 24 de março de 2006

Moção de Apoio
À Joyner S. Alcântara
O Cacos, centro acadêmico que representa os estudantes de jornalismo da UFMS, manifesta seu repúdio aos atos que feriram moralmente a acadêmica de Zootecnia da UCDB, Joyner S. Alcântara. Tanto acadêmicos da UCDB envolvidos, quanto os policiais que agiram com discriminação e preconceito, provocaram uma situação de humilhação à acadêmica pelo fato dela ser da etnia indígena Terena devem ser investigadose punidos se constatada tal crime. Somos solidários às reivindicações da acadêmica Joyner e defendemos que as autoridades competentes não devem ignorar esse fato. A disputa por terras entre indígenas e produtores rurais no estado de Mato Grosso Sul não deve servir de fomento para atitudes de preconceito como esta registrada. A promoção de eventos e difusão de conteúdo que subverte a verdade e busca colocar a população contra os indígenas também constitui uma prática execrável. A falta de amparo nas próprias instituições que deveriam acolher e apurar esse tipo de crime é reflexo da manipulação das informações veiculadas sobre o assunto, que contemplam apenas um lado dos fatos. Joyner S. Alcântara merece ter seus direitos reconhecidos. Nós do Cacos apoiamos a acadêmica nessa luta para que ela ou outras pessoas não sejam novamente discriminadas. Campo Grande, 10 de dezembro de 2008
Kleomar da Silva Carneiro Coordenador do Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFMS

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

DCE terá que pagar R$ 14 mil à UFMS

O Diretório Central dos Estudantes terá que ressarcir o valor de R$14 mil à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. De acordo com a notificação nº241/2008, enviado pelo Pró-Reitor de Administração da universidade, Sebastião Luiz de Mello.

O valor é referente ao processo de sindicância nº 23104.009711/2008-66 presidida pelo Professor Amâncio Rodrigues, em que os estudantes são acusados de causarem danos ao patrimônio da universidade. durante a ocupação da reitoria, no mês de agosto durante o processo de escolha do novo reitor.

Os estudantes dizem que não tiveram acesso a todos os documentos da sindicância, apenas prestaram depoimentos sobre a responsabilidade na ocupação do segundo piso da reitoria. Eles deverão procurar a Polícia Federal para conseguir a cópia do laudo final da perícia realizada no momento da desocupação do prédio.

Além dos processos de sindicância e administrativo, os estudantes que apoiaram a ocupação estão sofrendo todos os tipos de perseguição. Eles perderam estágios da instituição, receberam ofensas até mesmo ameaças de morte por parte de professores integrantes do conselho universitário e compõem processos como depoentes ou integrantes dessas comissões de inquérito.

Perseguição

Após o término da ocupação o núcleo de informática da UFMS(NIN) tirou do ar o site do DCE (www.dce.ufms.br) que era hospedado no servidor da universidade, e neste mês a Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis, Sandra Denadai retirou os móveis cedidos há anos à entidade representativa do estudantes.

sábado, 15 de novembro de 2008

E vai nascer uma nova UnB?




" Reocupação da Reitoria": momento em que estudantes ocupam todo o prédio


Em abril desse ano, após 15 dias de ocupação da reitoria, os estudantes da UnB conseguiram um feito histórico: derrubaram toda uma gestão que está sendo acusada de corrupção. Junto com isso, no dia 13 de junho, foi conquistada a paridade (1/3 para cada segmento) nas eleições para a escolha do próximo reitor da instituição. E bem verdade que ela foi a chamada paridade potencial, ou seja, os 33,3% só são conseguidos se todos os integrantes de um segmento votarem, cerca de 25mil no caso dos estudantes.

Apesar de não ter sido a paridade desejada (que foi chamada de paridade real), os estudantes foram decisivos na escolha do novo reitor, nos dias 24 e 25 de setembro. Enquanto os professores e técnicos administrativos ficaram mais divididos, cerca de 70% dos estudantes que votaram no segundo turno (de um total de 8mil) escolheram o Prof. José Geraldo como reitor. Caso a eleição tivesse sido no antigo sistema, o 70-15-15, o Prof. Márcio Pimentel seria o vencedor.

Após a divulgação do resultado, ressurgiu nas comemorações um grito que também marcou a ocupação da reitoria: “E vai nascer, e vai nascer uma nova UnB!” A pergunta e reflexão que eu coloco é a seguinte: a eleição de José Geraldo garante o nascimento de uma nova UnB? A minha resposta é que não. Uma nova UnB pode e deve ser gestada no período em que José Geraldo for reitor, mas isso dependerá muito mais da mobilização, em especial dos estudantes, do que da vontade da nova administração.

Um dos compromissos assumidos pelos vencedores do pleito é a realização de um Congresso Estatuinte Paritário. A sua realização e a sua disputa serão fundamentais para que, de fato, nasça uma nova UnB. É nele que poderão ser realizadas as mudanças nas estruturas decisórias da Universidade. E é exatamente por iosso que o Movimento Estudantil deve debater com (e mobilizar) a sua base.

Assim, para que uma nova UnB nasça é necessário que o Movimento Estudantil da Universidade atue com unidade para garantir a existência de, no mínimo, conselhos paritários. E que, em âmbito nacional, o Movimento Estudantil promova intensas mobilizações a fim de revogar os artigos da lei que ferem a Autonomia Universitária ao exigir que os conselhos superiores sejam compostos por pelo menos 70% de professores. Pois, só com a mudança na estrutura de decisão é que podemos dizer que nasceu uma nova UnB e, junto com ela, um novo modelo de gestão universitária.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Contra humilhação se faz Ocupação!!!

Estudantes ocupam reitoria da Universidade Federal de Sergipe desde a tarde do dia 30 de outubro. Com o apoio de estudantes do Campus de São Cristóvão e entidades sindicais ligadas à Conlutas, os residentes realizaram ato público durante todo o dia. Eles saíram em cortejo pelo centro de Laranjeiras e em seguida se dirigiram à reitoria da UFS, sediada em São Cristóvão, para entregar uma carta com suas reivindicações.

Além de reivindicar o afastamento imediato da coordenadora de assistência estudantil, Neilza Barreto, por promover assédio moral contra os estudantes daquele campus, a extensa pauta de reivindicações inclui também: a melhoria das condições da assistência estudantil, como a criação de residência fixa no campus, construção de um restaurante universitário, expansão da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PROEST) para Laranjeiras, dentre outros.

Os manifestantes se reuniram com o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Arivaldo Montalvão e a própria Neilza Barreto durante mais de duas horas. Os principais pontos da pauta de reivindicações não foram atendidos. Foi assegurado, apenas verbalmente, o pagamento dos valores das bolsas trabalho que estavam atrasadas há três meses.

Insatisfeitos com o descaso dos representantes da reitoria, eles resolveram ocupar a sala Coordenação de Assistência ao Estudante (CODAE) e permanecerão por lá até que sejam atendidas todas as reivindicações.

Nesta sexta-feira, 31 de outubro, às 16h, será realizada uma assembléia geral extraordinária com todos os estudantes do campus São Cristóvão. A assembléia tem o objetivo de encaminhar um posicionamento oficial em apoio aos estudantes de Laranjeiras, além de esclarecer para toda a comunidade acadêmica a situação dos residentes. Na ocasião, também serão definidos os rumos da recente movimentação.

Blog: http://ocupacaoufs.blogspot.com/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DCE realiza eleição para nova coordenação

O Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul realiza no próximo dia 18 de novembro as eleições para nova coordenação que deverá gerir a entidade na gestão 2008/2009.

Os estudantes interessados em inscrever deverão realizar as inscrições das chapas entre os dias 05 e 07 de novembro com a Comissão Central Eleitoral em Campo Grande ou com as Comissões Setoriais nos campus do interior.

Cada chapa poderá escrever 1 coordenador e de 2 a 8 suplentes para o cargo. As eleições são realizadas nos 10 centros e campus da universidade federal que elegerão um coordenador cada. Para inscrição as chapas deverão entregar a ficha de inscrição com número do RG e RGA dos candidatos e suplentes junto de um plano de trabalho para a gestão.

Segundo edital a campanha poderá ser realizada entre os dias 08 e 16 de novembro, 48 horas antes da eleição.

Para mais informações entrar em contato com Hiure Queiroz - 99560327

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Acadêmicos discutem assistência estudantil

Os estudantes discutem hoje às 17h30, na Concha Acústica da UFMS uma das maiores deficiências da instituição, a assistência estudantil. De acordo com estudos do MEC, os alunos que tem o apoio da universidade através de programas de assistência, concluem seus estudos em menos tempo e apresentaram os menores índices de trancamento de matricula.

O mesmo estudo realizado pelo MEC que indica o melhor aproveitamento dos estudantes beneficiados por algum tipo de assistência da própria universidade, aponta que 40% dos alunos que ingressam nas universidades públicas abandonam o curso antes de concluí-lo, devido a problemas financeiros, ou pessoais. A Secretaria de Ensino Superior do MEC -SESu estima que o custo com a evasão no sistema federal chega a 486 milhões ao ano, valor correspondente a 9% do orçamento anual das instituições federais de ensino superior, duas vezes os orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Segundo o acadêmico do primeiro ano de Ciências Sociais, Robson Luis um dos organizadores do ciclo debates, a universidade não possui nenhum restaurante universitário em funcionamento nos 8 campus da UFMS. “A universidade sempre alegou falta de mão de obra, equipamentos e recursos para reabrir o restaurante universitário e subsidiá-lo, mas sabemos que é tudo mentira. Em outras universidades federais existem RU´s próprios da instituição a valores simbólicos a R$1,00”, afirma Robson.

O universitário cita o exemplo da assistência estudantil da UnB, onde existe três perfis beneficiados com alimentação pela universidade. Os estudantes avaliados como carentes recebem descontos que variam de 60 a 80% do valor da alimentação, pagando R$0,50 e R$1,00 respectivamente e os demais alunos considerados não prioritários pelo programa de assistência pagam R$ 2,50, valor considerado baixo para o custo de vida local.

A assistência ao estudante da Universidade Federal de São Carlos também tem esse benefício, segundo a nutricionista do RU da UFSCar, Maria Sylvia, a universidade mantém o restaurante universitário com os próprios recursos vindos de diferentes fontes de arrecadação como: prestação de serviço terceirizados, material de consumo que subsidiam o preço das refeições aos alunos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Estudantes debatem boicote ao ENADE

Os estudantes irão discutir nesta terça-feira(28) as 17hs na Concha acústica da UFMS a possibilidade de boicotarem o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes , o ENADE.
A avaliação é questionada por estudantes e professores por sua superficializadade desde da época do Provão. A União Nacional dos Estudantes – UNE, Executivas e Federações de Cursos e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES, já se posicionaram favoráveis ao boicote do ENADE neste ano.


Segundo Ítalo Milhomem, um dos organizadores do ciclo de debates, ninguém sabe do resultado final do SINAES(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) que é avaliação que envolve os projetos pedagógicos, professores e infra-estrutura. “As universidade só evidenciam a nota do ENADE”. Ele exemplifica o caso da UFMS, “o estudante pode estar sem professor, sem sala de aula, laboratório ou mesmo sem livros atualizados, mesmo assim temos notas ótimas. “ a universidade se vangloria de uma nota que não é dela e sim da dedicação dos alunos que estudam em uma universidade precária”


Os estudantes e professores avaliam que o ENADE não deveria apenas punir ou premiar os cursos, mas reconhecer os problemas e encontrar formas de superá-los. Milhomem, afirma que o boicote ao ENADE é uma forma de forçar o Ministério da Educação a verificar em loco as falhas e cobrar das universidades que ela resolvam esses problemas.


Esse ano estudantes do primeiro e último ano de 13 cursos da UFMS foram selecionados pelo MEC por amostragem e realizarão a avaliação que está marcada para dia 09 de novembro.
Para esse debate foram convidados a Profª. Rosa Maria Fernandes - Pró-Reitora de Graduação da UFMS, o Profº. Drº. Gerson Martins - Avaliador do MEC e o acadêmico de Ciências Sociais Arthur D´Ámico representante da UNE.

O evento faz parte do Ciclo de Debates – DCE UFMS - Cacontecerá as 17hs na Concha Acústica da UFMS.


Veja que cursos de farão o ENADE esse ano:

Cursos de Graduação
Arquitetura e urbanismo;Biologia; Ciências sociais;Computação;Engenharia; Filosofia;Física; Geografia;História; Letras;Matemática; Pedagogia;Química.

Cursos Tecnológicos:
Construção de edifícios; Alimentos; Automação industrial;Gestão da produção industrial;Manutenção industrial; Processos químicos; Fabricação mecânica; Análise e desenvolvimento de sistemas; Redes de computadores; Saneamento ambiental.

Ciclo de Debates DCE UFMS "Construindo perspectivas"

Quer saber os pontos positivos e negativos do ENADE?

Então participe do Ciclo de Debates DCE UFMS "Construindo perspectivas", no dia 28/10/2008 às 17h00 na Concha Acústica UFMS Debatedores:

Arthur D´Ámico – Estudante/UFMS

Prof. Gerson Martins – UFMS/MEC

Prof. Rosa Fernandes - UFMS/PREG

Um pouco sobre o ENADE

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, faz parte doSistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), quedeveria avaliar os cursos de graduação do país, mas não é bem o queacontece. O valor do ENADE é mínimo, mas você já viu divulgarem a avaliaçãofinal do SINAES? Onde estão os resultados sobre projeto pedagógico,professores, laboratórios, sala de aula?

Avaliação é pela metade?????????????

Com o ENADE os cursos com as menores notas são ameaçados de fechar eos que tem as melhores notas são apenas parabenizados. Já notou quantahipocrisia há nessa avaliação? Avaliar não é punir ou premiar, mas conhecer os problemas e encontrarformas de superá-los, correto!?

Ranqueamento sem qualidade

Vocês já perceberam que quando sai o resultado do ENADE a cidade ficacheio de anúncios nos jornais de universidades se vangloriando de umanota que não é dela e sim dos alunos. Essa nota só serve para isso,para fazer o ranking das instituções. Quem vai fazer o ENADE esse ano ? Os estudantes do 1ºano que tiverem concluído entre 7 e 22% da cargahorária mínima e estudantes do último ano que tiverem concluído pelomenos 80% da carga horária mínima do curso. O estudantes aptos a fazera prova são selecionados mediante sorteio realizado pelo MEC.

Quais cursos farão o ENADE?

Os cursos de arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais,computação, engenharia, física, geografia, história, letras,matemática, pedagogia e química. Ele é obrigatório? Sim, mas fique tranquilo sua nota não vai no seu histórico escolar,por isso participarem no dia 09 de novembro de 2008 as 13h00 desta talavaliação mesmo que você a entregue em branco. Realização e

Organização

DCE – CA´s - DA´s

DCE debate o futuro da UFMS

Depois de seis meses de um tumultuado processo eleitoral para escolha do novo reitor da UFMS e várias manifestações que culminaram na ocupação da reitoria, os estudantes começam a debater o futuro da instituição.

O Diretório Central dos Estudantes da UFMS, realiza entre os dias 28 de outubro e 06 de novembro, o “Ciclo de Debates – Construindo perspectivas“, que pretende discutir os rumos da universidade para 2009. O evento irá fortalecer as discussões sobre a comunidade universitária, qualidade de formação dos estudantes e a gestão democrática dentro da universidade.

Segundo o acadêmico de história, Sérgio Anastácio, um dos organizadores do evento, as inúmeros discussões protagonizadas pelos estudantes neste último período, afirmam que a UFMS vive uma deficiência de infraestrutura, de professores e ausência de uma política de assistência estudantil, que nos estimularam a organizar esses debates.

Além de pró-reitores, professores e estudantes foram convidados membros de outras insituições para compor as mesas de debates, que tratarão de questões como o ENADE, avaliação que causa polêmica no meio acadêmico, assistência estudantil e as eleições paritárias para diretores de faculdade e campus e centros da UFMS.

“Nós fomos acusados de trazer a discussão da democracia dentro da universidade apenas no período eleitoral. Esse debate, confirma que não foi essa nossa intenção e quenós só vamos parar quando a consquistarmos”, afirma Ítalo Milhomem, membro do Comitê da Paridade instaurado em maio deste ano pelo DCE.

O Ciclo de debates será realizado nos dias 28 e 30 de outubro e 06 de novembro às 17hs na Concha Acústica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Coor. de Comunicação
DCE UFMS 2008
www.dce.cauancabral.net
dceufms@gmail.com

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ocupação da Reitoria da UFRB

Ocupação da Reitoria da UFRB

Desde o dia 26 de setembro, os/as estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) estão ocupando a reitoria, localizada em Cruz das Almas, reivindicando residências estudantis, restaurantes universitários, laboratórios equipados, descentralização técnica, administrativa e financeira e outras questões que ainda estão sendo debatidas entre os/as estudantes.

A UFRB insere-se no conjunto das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) criadas pelo governo federal em 2005. Na época, questionava-se a forma como se criava novas universidades sem garantias de que teriam o apoio necessário para a implantação e desenvolvimento, uma vez que mesmo as IFES já existentes passavam por problemas de financiamento. Com dois anos de funcionamento, tem sido constante notícias de problemas na estrutura, na grade curricular, insuficiência docente e na assistência estudantil da UFRB.

"A UFRB tem dois anos e nós acreditamos que uma universidade não pode ser construída aos 'trancos e barrancos' como vem sendo feita!" Esse é um trecho de uma carta feita pelos/as estudantes divulgada à imprensa. Na mesma, os/as estudantes denunciam que alguns cursos não contam com bibliotecas nem laboratórios necessários, e alguns campi não contam sequer com prédios próprios, estando alocados em prédios alugados de terceiros. Restaurante e Residências Universitárias são outros pontos problemáticos.

blog da ocupação

Links relacionados:
História gênese da ocupação da reitoria da UFRB | Nota à Comunidade Acadêmica e à Imprensa | Pauta da Ocupação da Reitoria


Fonte: CMI

sábado, 18 de outubro de 2008

Colégio Eleitoral da UFMS terá que votar outra vez lista tríplice


Alcindo Rocha

O Colégio Eleitoral da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) terá que votar nos candidatos a reitor da instituição para ordenação da lista tríplice para nomeação pela Presidência da República. A votação foi orientada por nota técnica do MEC (Ministério da Educação) encaminhada por meio da SESu (Secretaria de Ensino Superior) nesta quinta-feira (16). A data da reunião do Colégio ainda não foi definida, segundo a assessoria de Peró.

Além disso, o MPF (Ministério Público Federal) esclareceu, através da assessoria, que as recomendações encaminhadas pelo procurador da República Felipe Fritz Braga implicam votação no Colégio Eleitoral e não apenas homologação do resultado da consulta à comunidade universitária. Na consulta, a lista ficou definida com a seguinte ordem: Célia Maria Oliveira, Antônio Osório e Jair Vicente.

Em razão da nota técnica do MEC, o reitor Manoel Catarino Paes Peró cancelou nesta manhã a audiência que solicitou ao procurador Felipe Braga, já que o documento do MEC esclareceu suas dúvidas. Entretanto, a Reitoria terá de responder formalmente ao MPF as providências tomadas quanto às recomendações. O prazo expira na próxima terça-feira (21).

O Colégio Eleitoral reúne os membros dos conselhos Universitário; Diretor; de Ensino de Graduação; de Pesquisa e Pós-Graduação; de Extensão. Mesmo que determinado membro integre mais de um colegiado terá direito a apenas um voto.

Ontem, o reitor Peró em entrevista ao Midiamax já havia dito que a UFMS acataria as recomendações do MPF, entretanto, restaram alguns esclarecimentos, suficientemente dirimidos com a nota técnica do MEC.

Assim que cumprido o procedimento recomendado, a UFMS deverá novamente encaminhar o resultado ao MEC. É prerrogativa da Presidência da República a nomeação de qualquer dos três membros da lista tríplice. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve nomear o novo reitor da instituição até o dia 11 de novembro, já que o mandato de Peró se encerra um dia antes.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

MPF recomenda nova convocação do Colégio Eleitoral da UFMS

MPF recomenda nova convocação do Colégio Eleitoral da UFMS

O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Felipe Fritz Braga, recomendou ao reitor da UFMS, Manoel Catarino Peró, que promova nova convocação do Colégio Eleitoral da Universidade, para tratar da homologação dos resultados da consulta à comunidade universitária, bem como de elaboração de lista tríplice por esse Colégio Eleitoral, visando à nomeação do Reitor e do Vice-Reitor pelo Presidente da República.

O Colégio Eleitoral da UFMS é composto pelos integrantes do Conselho Universitário, do Conselho Diretor, do Conselho de Ensino de Graduação, do Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação e do Conselho de Extensão.

A recomendação tem por base a Lei nº 5.540/1968 e o Decreto nº 1.916/1996, que determinam que a lista tríplice seja elaborada pelo Colégio Eleitoral da Universidade Federal. O estatuto da UFMS também delegou ao Colégio Eleitoral a homologação dos resultados da consulta à comunidade acadêmica.

A recomendação cita o ofício nº 7177/2008-MEC/SESu/GAB/CGLNES, da Secretária de Educação Superior Substituta do Ministério da Educação (MEC), que determinou ao Reitor UFMS, que "caso a votação tenha desrespeitado as premissas da votação uninominal e do escrutínio único, seja realizada nova votação", além de ressaltar que a homologação dos resultados de consulta à comunidade universitária, bem como a elaboração da lista tríplice para escolha do Reitor e do Vice-Reitor, pelo Conselho Universitário %3 e não pelo Colégio Eleitoral da UFMS - viciaria de nulidade o processo de escolha do mandatário desses cargos públicos.
O MPF deu prazo de cinco dias úteis para que o reitor informe as providências que serão adotadas.

Clique aqui para ler a íntegra da Recomendação.
Assessoria de Comunicação Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul 3312-7265/ 3312-7283/ 3312-7239 ascom@prms.mpf.gov.br

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

MEC DEVOLVE LISTA TRÍPLICE

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Universitários ocupam reitorias da Uerj e UFRJ, no Rio

estudantes da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) ocupam a reitoria das duas universidades nesta quinta-feira. Eles protestam contra a abertura de novas vagas, de acordo com o DCE (Diretório Central dos Estudantes).

A reitoria da Uerj, onde a ocupação é maior, acusa os estudantes de invadirem o prédio e o gabinete do reitor. A universidade afirmou que cerca de 200 jovens esperaram os funcionários saírem do prédio na noite de quinta-feira (10) para invadir o local. O DCE informou que os alunos passaram a noite no prédio e não têm previsão de desocupá-lo.

Ainda segundo o DCE, os alunos fizeram a ocupação para protestar contra a abertura de novas vagas e a realização de vestibular. A meta é pressionar o governo do Estado a atender as queixas como a falta de professores e o estado precário das salas de aula.

No momento da invasão, contudo, alguns estudantes de fora do movimento que faz as reivindicações quebraram objetos da sala do reitor e tumultuaram o protesto, segundo o diretório.

A Uerj disse que enviou uma comissão ao prédio no início desta tarde para se reunir com os estudantes, mas que não vai abrir mão de realizar o vestibular.

Na UFRJ, cerca de 50 estudantes estão na reitoria, mas não impediram os funcionários de entrar no prédio. A UFRJ informou que o prédio funciona normalmente nesta quinta-feira e não houve confusão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u443842.shtml

Ocupação da Reitoria da Universidade Federal de São João Del Rei

Ocupação da Reitoria da Universidade Federal de São João Del Rei

Nós alunos da Universidade Federal de São João del Rei – UFSJ, decidimos hoje em assembléia, OCUPAR a reitoria da universidade, devido a reiterada falta de dialogo entre a mesma e o movimento estudantil. Sempre nos reunimos, as demandas são tiradas, e se constrói uma (pseudo)-"concessã o" entre a direção e os estudantes, porém, os direcionamentos da reitoria sempre vão contra o que fica definido com o movimento estudantil.

Logo, hoje quando fomos a sede a Pró-reitoria de extensão e do setor de assistência estudantil com (70 alunos), para deixar claro que desejávamos que o repasse feito pelo o MEC para ser gasto exclusivamente em assistência estudantil, fosse todo ele destinado a alimentação (os administradores da universidade querem contratar serviços privados de assistência médica,odontoló gica e psicológica, que não é a demanda atual dos alunos). Sendo a alimentação, em conjunto a moradia, as maiores demandas hoje dos estudantes da UFSJ, em relação à assistência estudantil. (vale ressaltar que aqui não temos R.U, moradia, nem bolsa permanecia). Foi-nos negado o pedido de que o dialogo fosse feito com a presença de todos os 70 estudantes,
mediados, por uma comissão de 3 discentes, que iria intermédia a conversa entre o pró-reitor de extensão e o chefe do setor de assistência estudantil e os alunos. Após essa negativa os alunos
decidiram ir para reitoria e esperar lá (OKUPADOS) uma efetiva resposta, e não só mais referente a esse repasse, como de maneira geral a forma centralizada, antidemocrática, personalista e a "toque de caixa" que vem sendo decidido os rumos dessa instituição.

Todas as pautas vão ser tiradas em uma assembléia hoje (09/09/08) as 22h00min, logo estamos sem INTERNET no local e quando possível iremos atualizar os informes.

Todavia, ressaltamos que a nossa luta é por assistência estudantil EFETIVA, e por uma universidade menos centralizada nas mãos de seus passageiros gestores. Pedimos que todos companheiros que tiverem a oportunidade de ler essa carta que divulguem a mesma em suas listas e que nos envie moção de apoio. Anexo vai a carta que distribuímos hoje
no movimento que gerou a OCUPAÇÃO.

Movimento de Ocupação da Reitoria da UNCISAL

Cerca de 300 estudantes ocupam a reitoria da UNCISAL - Universidade de Ciências da aúde de Alagoas - desde ontem, dia 10 de setembro. Os estudantes protestam contra a precarização do ensino e da estrutura da Universidade, que encontra-se abandonada pelo Governo do Estado.A mobilização foi impulsionada pela divulgação do resultado da avaliação do SINAES , na qual a Universidade foi considerada a pior do país.

Hoje pela manhã foi realizada uma vitoriosa assembléia que contou com mais de 250 presentes, onde foram elencados os pontos específicos da pauta da ocupação (segue abaixo). As mais importantes reafirmavam a necessidade de ampliar a estrutura, o quadro e a qualificação dos docentes e a verba destinada à assistência estudantil.

Eles esperam ainda hoje por uma reunião com o governador do estado, com a Secretaria Estadual de Educação, com a Secretaria Estadual de Saúde, com o Reitor André Falcão e o Ministério Público. A decisão da assembléia foi continuar a ocupação de todo o setor administrativo da Uncisal por tempo indeterminado até que as reivindicações sejam atendidas.

Seguem abaixo as principais reinvindicações:

  1. Ampliação da assistência estudantil (criação Restaurante e Residência universitários) e criação da Pró-reitoria Estudantil (Rubrica específica direcionada à assistência estudantil e políticas afirmativas)
  2. Melhoria da infra-estrutura da Uncisal
  3. Estruturação do Hospital Escola Geral atendendo às necessidades acadêmicas da UNCISAL e as demandas sociais
  4. Capacitação pedagógica e titulação do corpo docente e realização de concurso público para novos professores doutores
  5. Programas de Pós-graduação próprios e gratuitos
  6. Funcionamento dos órgãos administrativos durantes os 3 turnos de aulas
  7. Criação de uma avaliação institucional da universidade com participação efetiva discente, docente e técnico administrativo.

Pedimos moções de apoio a todos que acreditam nesta luta. Por favor repassem este e-mail para as listas nacionais.

Movimento de Ocupação da Reitoria da UNCISAL

PROPOSTAS
(votadas em assembléia)

MOVIMENTO DE OCUPAÇÃO DA REITORIA - UNCISAL

PEDAGÓGICO/EDUCACIONAL

Capacitação pedagógica e titulação do corpo docente

Ter Conselhos paritários na reformulação da grade curricular.

Avaliação e fiscalização da atuação dos professores neste processo pelos discentes e pelas instancias competentes da instituição

Programas de Pós-graduação próprios e gratuitos

Realização de concurso público para novos professores

Exigir que os professores atendam as necessidades de horário da instituição e não os alunos se adaptarem ao horário que convém ao professor


ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Implantação de Restaurante universitário

Implantação de Residência universitária

Criação da Pró-reitoria Estudantil

Criação da creche para filhos de funcionários e estudantes

Financiamento para monitorias e extensão

Ambulatório para atendimento de estudantes e funcionários

Rubrica específica direcionada à assistência estudantil e políticas afirmativas

10% do PIB para a educação

INFRA-ESTRUTURA

Melhoria das salas de aula e aumento do número destas

Reforma, ampliação e construção de novos laboratórios com aquisição de equipamentos

Disponibilidade de banheiros estruturados com chuveiros e vestiários para estudantes

Manutenção da rede elétrica

Funcionamento dos órgãos administrativos durantes os 3 turnos de aulas

Atualização e ampliação do acervo da biblioteca

Criação de infra-estrutura para pratica esportiva

Aquisição de armários universitários

Ampliação do quadro de seguranças da Uncisal

Ampliação do estacionamento para toda a comunidade acadêmica

Manutenção dos serviços básicos como energia e água para utilização de limpeza e consumo

UNIDADES COMPLEMENTARES

Ampliação dos campos de prática com estrutura de preceptoria e espaço físico (UTFONO, Ambulatório de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, 1º Centro)

Estruturação do Hospital Escola Geral atendendo às necessidades acadêmicas da UNCISAL e as demandas sociais

Criação de centro de saúde unificado multiprofissional

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Acesso e participação dos discentes na prestação de contas.

Maior transparência quanto ao quadro de funcionários.

Criação de uma avaliação institucional da universidade com participação efetiva discente, docente e técnico administrativo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Caravana da UNE chega a Campo Grande

A caravana que irá passar por várias universidades nos 26 estados e no Distrito Federal inicia suas atividades amanhã, dia 09 na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul com atividades relacionadas à saúde, educação e cultura.

O Projeto começou no dia 11 de agosto, dia do Estudante, partindo do Rio de Janeiro (RJ) para os demais estados da região sudeste, depois de cumprir o roteiro na região sul do país, a caravana chega ao Centro Oeste para a terceira etapa do percurso. O evento irá proporcionar debates sobre saúde, educação e cultura, com foco na realidade da juventude brasileira, além de elaborar propostas para políticas públicas que atuem de maneira mais eficiente nessas áreas. As atividades se concentrarão no corredor central próximo ao Diretório Central dos Estudantes da UFMS, estão previstas intervenções culturais, debates e shows.

A caravana também irá discutir sobre a possibilidade de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade(ADI) da lei, lei nº 9.192/95 que refere-se ao peso dos votos na escolha do reitor e mobilizou os estudantes da UFMS no mês de agosto. O encerramento do projeto acontecerá no dia 27 de novembro, em Brasília (DF).

Acompanhe a caravana da UNE pelo blog:http://caravana.une.org.br/blog/

Programação 09-09-2008

9h - Cia de teatro "tá na rua"

10h - Debate da saúde

12h - Artistas circenses

14h - filme sobre saúde

16h - Pontos de cultura

17:30h - Filme da UNE

18:30h - Recepção acadêmicos do noturno

20:00h - Teatro - (bloco 6)

20:30h – Debates (saúde, cultura e educação) - (bloco 6)

22h – Apresentação dos “Pontos de cultura” –
Encerramento da caravana (concha acústica UFMS)

domingo, 7 de setembro de 2008

Aptos e inaptos - Correio do Estado - 05 de setembro de 2008

Editorial Correio do Estado - Sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Aptos e inaptos

Encerrada uma das mais acirradas disputas que a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) já vivei, da qual saiu vitoriosa a candidata Célia Maria da Silva Oliveira, que tende a ser a primeira mulher a comandar a instituição, chegou a hora de toda a comunidade acadêmica, composta por quase 20 mil pessoal, debater seriamente as regras do jogo eleitoral.

Caso contrário, o assunto só voltará à pauta na próxima disputa, em quatro anos, quando atritos semelhantes aos deste ano e de disputas passadas devem voltar a se repetir. Caso novamente se deixar o debate para modificar os critérios para a véspera da votação, dificilmente alguma mudança será feita. E, até mesmo para os defensores da atual lógica, este debate seria salutar, pois não mais poderiam ser acusados de antidemocráticos daqui a quatro anos.

As regras de hoje estipulam que o voto dos professores tem peso superior ao de técnicos e de estudantes. A conseqüência imediata disto é o desestímulo à participação dos acadêmicos na disputa, pois apenas 30% deles comparecem às urnas, ante 89% de participação dos docentes, o que é uma péssima lição para os jovens que estão em formação e, assim como durante o regime militar, são considerados inaptos para tomar decisões importantes na própria escola, embora estejam praticamente todos habilitados para votar em situações bem mais importantes, como na escolha de prefeitos, governadores e do presidente da República.

E, por conta da ausência do corpo discente, o peso do voto dos professores acabou tendo peso bem maior do que os 70% previstos, pois se simplesmente se atribuísse valor de 0,7 para professores e 0,3 para acadêmicos e técnicos, a candidata apoiada pela atual administração teria perdido por quase um ponto percentual. Mas a regra do jogo diz que quanto menor for a abstenção de cada categoria, mais vale seu voto, a professora/doutora foi declarada vitoriosa, com 41% a 26%, deixando claro que o voto dos docentes significou mais de 90% na complicada fórmula de apuração. E, se valesse o voto universal, ela teria perdido com quase dez pontos percentuais de diferença, 37,9% (2.665) a 47,1% (3.331) dos votos válidos. Quer dizer, estudantes e administrativos são chamados a participar somente para dar uma aparência de democracia, pois o que conta mesmo é o voto do professor(389 a 215), que desta forma transmite para o restante dos servidores públicos da instituição e principalmente aos seus alunos que está num outro nível, bem mais alto, com um poço de sabedoria do qual os comuns dos mortais precisam saciar. Uma (im)perfeita lição de pedagogia sobre a relação entre mestre e aluno.

Não se trata de questionar a competência administrativa do primeiro, segundo ou terceiro colocados na disputa, na qual todos entraram tendo pleno conhecimento das regras. Mas o que é fundamental é que os professores decidam se querem continuar sendo considerados mais capazes que o restante da comunidade e se querem manter o jogo de faz-de-conta, que não passa de uma farsa eleitoral. E este debate só será possível se os mesmos estudantes e técnicos que invadiram o prédio da reitoria colocarem madeira no fogo de palha aceso em meio à disputa eleitoral. Se realmente estiverem preocupados com o futuro da UFMS conseguirão levar adiante a bandeira balançada durante as manifestações. Caso contrário, estarão deixando claro que pretendiam somente fazer um piquenique sem enfrentar as intempéries que normalmente um acampamento no meio do mato traz consigo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fons Reipublicae - Berço da Democracia

Confira o informativo impresso Fons Reipublicae também em versão PDF.

Clique aqui. Depois clique em Free User, aguarde a contagem e em seguida clique em Download.

Obs.: Não deixem de participar. Nesta terça-feira (02/09) grande ato pela democracia. "Um grito de liberdade", às 11h, na Costa e Silva, em frente à UFMS.

sábado, 30 de agosto de 2008

Comissão de fraude

A Comissão Executiva Eleitoral da UFMS se reuniu na manhã do dia 31 de agosto na Pró-Reitoria de Planejamento – Proplan, para verificar os documentos das candidaturas que deveriam ser entregues até 72 horas antes do início do processo de consulta a comunidade acadêmica na escolha do próximo reitor da UFMS.

Os documentos das três chapas inscritas foram analisados, foi constatado que duas chapas tiveram as certidões dos cartórios especiais emitidas entre os dias 27 e 28 de agosto.

Isto reafirma que os motivos para mudança das regras e o adiamento da data da consulta a comunidade para escolha do reitor do dia 25 de agosto para 02 de setembro teve conotação política e não por causa da ocupação do prédio da reitoria pelos estudantes da UFMS.

Ressaltamos que último dia 22 de agosto a comissão de ocupação da reitoria firmou um acordo, por intermédio da Polícia Federal, de isolar as áreas que davam acesso ao segundo piso da reitoria e Coordenação de Órgãos Colegiados (COC), onde se encontravam documentos da eleição para reitor, e que deixaríamos os funcionários irem à reitoria no final de semana para terminar os preparativos da consulta e trabalharem sem nenhuma interferência.

Assim, afirmo que atos e manobras como estas que direcionam a consulta para candidato A, B ou C, caracterizam fraude no processo e tira toda a credibilidade e transparência não só da Comissão Eleitoral Executiva, mas como de todo processo de escolha do próximo reitor da UFMS.

Atenciosamente,

Ítalo Milhomem
Membro da Comissão Executiva Eleitoral
Conselheiro Discente do COUN

Reitor da UFMS vai ao banco do réus

Em meio ao tumultuado processo para a escolha do sucessor, o reitor da UFMS, Manoel Peró, 61 anos, virou réu na 5ª Vara Criminal Federal por ter agredido o colega de trabalho, o professor e médico Izaías Pereira da Costa, 57. Além disto, a lesão corporal será investigada em inquérito policial e poderá ser alvo de processo administrativo aberto pelo MEC. Peró responderá pelos crimes de calúnia imputada por fato falso, definido como crime, injúria e pelo crime ter sido praticado contra funcionário público, respectivamente, os artigos 139, 140 e 141 do Código Penal.

Fonte: Correio do Estado

DCE/UFMS recorrerá a decisão do Conselho da OAB/MS

O Diretório Central dos Estudantes da UFMS, deverá recorrer a decisão do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul, que rejeitou o parecer da OAB/MS, elaborado pelos advogados Lairson R. Palermo, Dartagnan Z. Messias e Leandro A. de Moura Moura, a respeito da flexibilização da consulta prévia a reitor da UFMS.


Na segunda-feira, os acadêmicos irão à sede da OAB/MS pedir vistas à decisão dessa reunião. Os representantes do Diretório alegam que, como parte interessada neste processo, deveriam ter sido comunicados dessa reunião para estarem presentes e serem ouvidos na defesa do parecer elaborado. “Devemos interpor recurso a essa decisão, mesmo ela tendo sido unânime”, ressalta o coordenador de Comunicação do DCE, Ítalo Milhomem.


Os acadêmicos devem pedir ao presidente da entidade, Dr. Fábio Trad que a OAB/MS remeta a matéria sobre a paridade para análise do Conselho Federal da OAB e, se considerada inconstitucional, que a OAB entre com Ação direta de inconstitucionalidade (ADI).


Ação direta de inconstitucionalidade - ADI

A ADI é uma ação judicial que declara inconstitucional lei ou ato normativo. Quando declarada inconstitucional, a lei ou ato impugnado perde a validade, não podendo ser mais aplicados.

Quem pode propor essa ação:

O presidente da República, o Senado, a Câmara de deputados, as assembléias legislativas, os governadores, o procurador-geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os partidos políticos com representação no Congresso Nacional e as confederações sindicais ou as entidades de classe de âmbito nacional.

Ítalo Milhomem

Coordenação de Comunicação

DCE UFMS 2008


sexta-feira, 29 de agosto de 2008

SESu/MEC nega declarações postadas no site da UFMS

No dia 27 de agosto, estiveram reunidos na sala de reuniões da SESu (Secretaria de Ensino Superior) do MEC uma comissão composta por acadêmicos da UFMS e da equipe da SESu/MEC, com uma única pauta: a crise instaurada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Na reunião, o secretário do SESu/MEC, Ronaldo Mota (com um T), demonstrou certa insatisfação com algumas notas que têm sido veiculadas no site oficial da UFMS e em alguns veículos de comunicação, nos quais são colocadas declarações do Ministério da Educação, do Ministro Fernando Haddad e do próprio secretário da SESu/MEC que eles nunca deram.

Mota ironizou umas das notas que teve seu nome escrito de forma errada e esclareceu que tentou inúmeras vezes falar por telefone com REI-tor Manoel Peró, mas não conseguiu. Por fim, deixou claro que respeitaria a decisão dos órgãos colegiados na UFMS, respeitando assim a autonomia universitária constituída no artigo 207 da constituição, não realizando interferências na administração da entidade e respeitando a autonomia.

Em nenhum momento o secretário ou o próprio ministério disse que apóia as decisões do COUN, e sim “que o MEC através da SESu, mantém a posição de respeitar as decisões colegiadas das Universidade Federais, bem como a comunidade universitária como um todo”.

Prazo

Sobre a data limite para o envio da listra tríplice ao MEC, Samuel Feliciano, também do SESu/MEC, disse que não existe norma legal que dita um prazo para entrega da lista. O prazo de 60 dias antes do término da gestão do atual reitor é uma recomendação do MEC, para que possa haver todo trâmite burocrático, que é a verificação de toda documentação do processo de escolha do reitor até ir para a Casa Civil e enfim chegar ao gabinete do presidente para homologação do resultado.

A autonomia da universidade permite que esse prazo seja extrapolado para que um processo seja realizado sem atropelos, de forma democrática e com transparência. Então, a alegação que não há tempo hábil para debates, ou a forma atropelada que está sendo realizada a consulta à comunidade acadêmica da UFMS não é válida. Caso a lista tríplice seja enviada após a data recomenda pelo MEC, não haverão penalidades à administração da UFMS. Mesmo se o trâmite burocrático ainda estiver em andamento depois do término do mandato do atual reitor, o MEC designa um reitor Pró Tempore até que o novo reitor seja empossado.

Estiveram presentes nessa reunião, Lúcia Stumpf, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Ronaldo Mota, secretário da SESu/MEC, Samuel Feliciano, da SESu/MEC, José Rubens Rebelato, da SESu/MEC, João Paulo Bachur, chefe de gabinete do Ministro da Educação, Nelson Padilha, da SESu-MEC e os acadêmicos Sérgio de Souza Júnior, Ítalo Milhomem, Arhur D´Amico, Ivan Jorge e Hiure Anderson.


Foto: Ítalo Milhomem
Legenda: Samuel Feliciano, Assessor Jurídico da SESu/MEC, João Paulo Bachur, Chefe de Gabinete do Ministro da Educação, Arthur D´Amico, acadêmico de Ciências Sociais, Sérgio Anástácio, acadêmico de História, Ivan Jorge, Coordenador Geral do DCE UFMS, Hiure Anderson, acadêmico de Física, Ronaldo Mota(com um T), Secretário de Ensino Superior do MEC, e Lúcia Stumpf, presidente nacional da UNE.




Olhe e compare:

Nota no site da UFMS ................................................... Email do Secretário da SESu/MEC à UFMS



















Ítalo Milhomem
Comunicação
DCE UFMS 2008

Email ao reitor da UFMS

Caro Reitor, bom dia.

Ao fazer como de costume e ler as "notícias" do site da UFMS, me deparei com várias notas sobre a ocupação da reitoria pelos acadêmicos e sobre a dita ilegalidade na paridade das eleições. E, mais do que isso, atribuindo a autoria de tal afirmação ao MEC. Pobre do MEC... Nessa nota - muito mal escrita, diga-se de passagem - não há indicativos substanciais de que o Ministério tenha afirmado tal ilegalidade. Há sim a afirmação de que "O coordendaor de Legislação e Normas da Educação Superior do MEC, Samuel Feliciano, [afirma que] não é de sua competência tal assunto." Talvez a afirmação tenha sido feita, pois cada universidade tem a autonomia para decidir os seus rumos, inclusive como será composta a lista tríplice. Mas isso é uma outra discussão, até porque os senhores sabem muito melhor disso do que eu. Ou pelo menos deveriam.

Estou cursando o terceiro ano de Jornalismo na UFMS. Não participei da ocupação da reitoria, mas queria muito tê-lo feito. Até porque acredito que ela tenha contribuído muito para a história da UFMS e para a mudança dos rumos do ensino superior em Campo Grande. Sei que o senhor, reitor Manoel Peró, que deve estar lendo esta mensagem, afirma de forma veemente que o movimento não deu nenhuma contribuição para a Universidade, da mesma forma que proferiu aos quatro ventos que a eleição seria no dia 25 de agosto sem possibilidade de negociação. A eleição foi adiada, não é, reitor? Seria isso uma prova de que as eleições teriam mesmo sido mal organizadas e feitas às pressas e nas coxas? O pior de tudo é colocar a culpa do adiamento na ocupação... Que coisa feia hein, sr. reitor?! Todos nós sabemos, tanto pela cobertura da imprensa quanto por presenciar a ocupação, que os nossos colegas não atrapalharam os trabalhos do senhor e de seus comparsas, exceto no último dia de ocupação, em que o primeiro andar do seu palácio, e somente ele, foi pacificamente ocupado. Se foi por isso que a eleição foi adiada a coisa fica ainda mais grave. Porque o fato acaba provando que tudo havia ficado para a última hora.

Eu só espero que o senhor e os outros que me leêm em cópia tenham um pouco mais de bom-senso e tomem cuidado ao dizer o que andam espalhando por aí. E, a propósito, se o senhor precisar de uma assessoria de imprensa de qualidade, nós estamos à disposição. Apesar de nos formarmos numa Universidade que não ofereceu nenhuma estrutura e um ensino bem 'capenga', tenho certeza que eu e meus colegas somos bem mais capazes que sua atual equipe. Até porque acho que o senhor vai precisar. Já viu as notícias sobre o reitor da Unifesp? Então...

Atenciosamente,

Bruno Grubertt
Acadêmico do 3º Ano de Jornalismo - UFMS

Nota de esclarecimento

O Movimento de Ocupação da Reitoria e o Diretório Central dos Estudantes da UFMS reafirmam que não apoiaram e não apóiam nenhum candidato(a) ao cargo de reitor(a) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, bem como nenhum candidato a prefeito de Campo Grande. O DCE é uma entidade apartidária, independente e autônoma que luta pela democracia e pelos direitos dos acadêmicos da UFMS.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Coun vota hoje a aprovação de resolução que altera regras da eleição para reitor

Mais uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (Coun) da UFMS ocorre hoje, às 14h, na sala de atos da reitoria. O reitor, Manoel Catarino Paes Peró, convocou o Coun após assinar a Resolução 61, de 25 de agosto de 2008, o que põe em pauta a alteração de alguns artigos que regem o processo eleitoral deste ano.

Peró justifica tais mudanças devido à ocupação da reitoria por um grupo de acadêmicos. A data de votação que estava marcada para 25 de agosto foi transferida para 2 de setembro. O reitor alega que a comissão eleitoral não teria tempo hábil para providenciar os documentos, pois os funcionários estavam sem acesso às salas onde os arquivos eram guardados. Porém, as afirmações feitas pelo reitor são falaciosas. Em reunião com o delegado da Polícia Federal encarregado, ficou acordado que os estudantes disponibilizariam o livre acesso dos funcionários à sala da Coordenadoria de Órgãos Colegiados (COC). Os acadêmicos estavam cientes das penalidades legais caso essa determinação não fosse cumprida e concordaram com as condições pedidas pela PF. As salas da COC foram vistoriadas e fechadas pela própria Polícia Federal. Durante a ocupação geral do prédio, alguns funcionários da UFMS tentaram retirar documentos do prédio. A PF foi comunicada e os papéis foram recuperados para que os acadêmicos não fossem responsabilizados pela falta de quaisquer documentos.

Existe ainda a dúvida sobre o adiamento da eleição. Um dos candidatos ao cargo de reitor sustenta a hipótese de que Célia Maria não conseguiu apresentar os documentos necessários para a inscrição como candidata. Devido a isso, o reitor alterou a data e aproveitou a ocupação para justificar essa atitude.

Alterações nas regras da eleição

A pauta do Coun de hoje traz mais pontos polêmicos. A Resolução 61, que será votada durante a reunião, modifica vários artigos da Resolução 57, os quais são referentes às regras da eleição. De acordo com a resolução, os candidatos não precisam mais prestar contas sobre suas campanhas. A comissão eleitoral foi isentada de apresentar o Relatório Conclusivo sobre a eleição. À comunidade acadêmica foi privado do direito ao comprovante de votação, o que reduz a credibilidade da comissão eleitoral na apuração dos votos.

As alterações não têm relação à ocupação, nem mesmo com o movimento estudantil, apesar do que Peró declarou. São decisões controversas do reitor e passíveis de suspeita. Tanto a prestação de contas dos candidatos, quanto o relatório conclusivo sobre a eleição emitido pela comissão eleitoral são indispensáveis para um pleito justo e transparente. Por meio da modificação desses artigos, o reitor mais uma vez conduz o processo eleitoral de modo contestatório.

Kleomar Carneiro
Comissão de Comunicação
Ocupação UFMS

domingo, 24 de agosto de 2008

Erratas da mídia

Ocupantes x invasores: os acadêmicos da UFMS presentes no movimento estudantil da reitoria são ocupantes (do latim occupare: tornar-se dono de; cobrir todo o espaço de; desenvolver a atividade em;), e não invasores (do latim invader: assumir por violência; usurpar;), pois desde o início deixamos claro que a ocupação da reitoria foi um movimento pacífico. Como muito se observou, eram os acadêmicos que tinham de responder à violência dos “seguranças” da universidade, que, aliás, lá trabalham para defender o patrimônio público, que não foi danificado. Foi provado que, para atual administração, o patrimônio físico da universidade vale mais que os estudantes.

Funcionários agredidos: no dia 22, a ocupação foi expandida por todo o TÉRREO da reitoria. No ato, uma porta foi desparafusada para permitir a entrada dos ocupantes. Dois funcionários, ao perceber a ação, ficaram atrás desta porta para tentar impedir. O que não conseguiram. A porta se desencaixou e NÃO CAIU em cima de nenhum funcionário, como o relatado pela assessoria de perseguição da UFMS, que também afirmou que dois funcionários foram agredidos (estes, que só podem ser gasparzinhos, pois ninguém confirmou o fato ou provou a agressão). A porta foi encostada ao lado e cerca de 40 estudantes adentraram. Ato inesperado aos dois funcionários, que se assustaram. Um deles se desequilibrou e caiu, mas se levantou rapidamente. A funcionária Cássia Cassanha (da COC), em estado de choque, começou a gritar ao ver as ferramentas que foram usadas para ajudar a desprender a porta, correu para uma sala e se recusou a sair do local. Os outros funcionários foram acalmá-la e avisar que nada foi feito à ela, que só saiu após os ocupantes chamarem o SAMU, que a levou. Os estudantes jamais os ameaçaram ou agrediram-nos. Como mostram os vídeos
aqui.

Policiais Federais: no dia da expansão da ocupação, os policiais federais não estavam tentando convencer os estudantes a saírem do local, mas sim, de acordo com o delegado, eles estavam fazendo a intermediação da negociação entre o reitor/pró-reitores com os ocupantes. Como, por exemplo, o acordo feito para que os ocupantes não isolassem o corredor de acesso à sala cerimonial, cozinha e COC, local onde haveria os documentos e cédulas da eleição para reitor, pois também não era interesse dos ocupantes em interferir no processo eleitoral daquela forma. Como também mediar sobre não ocupar o andar superior.

Paridade: de acordo com o parecer da OAB, o sistema atual de proporcionalidade nas votações da UFMS é INCONSTITUCIONAL. Já a paridade é CONSTITUCIONAL e pode ser aplicada às votações eleitorais da UFMS, assim como foi em outras universidades há décadas. Lutamos pela paridade também nos conselhos deliberativos da universidade, como por exemplo no Coun, o qual os acadêmicos possuem somente 3 cadeiras das 45.

O Diretório Central dos Estudantes: contesta a afirmação feita pela empresa privada de jornalismo, Campo Grande News, na coluna Jogo Aberto do dia 20 de agosto que, sem quaisquer provas, afirma que o DCE tem uma receita por mês de 6 mil reais, e "anda mal das finanças, pelo menos no oficial". O DCE tem apenas uma fonte de renda: a das 600 carterinhas ANUAIS que manda fazer, ou seja, o dinheiro desta ação é bem inferior a 6 mil reais MENSAIS que o jornal eletrônico afirmou. O Diretório tenta há algum tempo se regularizar juridicamente, mas por falta de recursos das gestões passadas ainda não foi possivel a regularização.

Ocupação: ressaltamos que mantivemos nossa ocupação através do debate democrático, com assembléias diárias, e graças às doações de alimentos dos próprios estudantes da UFMS, da população, de sindicatos e de movimentos sociais, demonstrando a importância dessa luta para sociedade. O movimento de ocupação da reitoria da UFMS foi, além de pacífico, autônomo, independente e buscou a transparência através da democracia no processo de sucessão do cargo de reitor e vice-reitor da UFMS, lutando também pelas melhorias da infra-estrutura e amplo debate sobre as decisões dessa instituição, que deveria ser democrática.

Desocupação: Saímos de cabeça erguida. Conseguimos muitas vitórias como o fim das taxas, o adiamento das eleições por duas vezes, o único debate em Campo Grande, a prova de que a paridade é constitucional e o mais importante: a volta do movimento estudantil na UFMS. E não saímos chorando de “frustração” como relatado por alguns veículos, mas sim de alegria porque o dever foi cumprido. Não fechamos os olhos para as irregularidades existentes.

NOS AGUARDEM, POIS A LUTA CONTINUA!

"Quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!"

sábado, 23 de agosto de 2008

Paridade? Sim!

Parece ironia, mas no dia em que acabou o prazo para votar na enquete “Você é a favor da paridade?”, proposta pelo blog, aconteceu a desocupação da reitoria.

Ao todo foram 1228 votos em 17 dias de enquete, que apontaram o esperado pelo movimento estudantil: 92,8% dos visitantes apoiaram a paridade.

Apenas 7,2% dos votos foram contra, sendo que alguns alegaram que não são a favor do atual método de votação, mas sim pró voto universal (todos com o mesmo peso).

Em protesto, candidato a reitor da UFMS desiste de eleição

Indignado com a condução do processo eleitoral da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) o candidato a reitor professor Carlos Augusto César Benevides que encabeça a chapa “Universidade Aberta ao Diálogo” vai retirar seu nome da disputa, conforme ele mesmo acaba de informar ao Midiamax. Amanhã o professor entregará um documento assinado por ele e pela candidata a vice, a professora Neusa Somera no qual ambos recuam de suas candidaturas.

Ele esclarece que sua atitude é um protesto às normas adotadas para a escolha do próximo reitor bem como à data do pleito – a votação está marcada para segunda-feira -- que não permitiu a realização de debate entre os candidatos e nem com a comunidade acadêmica. “Ontem eu estive em Coxim. Os estudantes não sabem quem são os candidatos nem o que propõem fazer pela universidade. Além disso, há 2,5 mil acadêmicos do ensino à distância que até gora não se sabe como eles participarão do processo. É muita desorganização. Não dá para continuar assim”, reclamou.

Durante o conturbado período pré-eleitoral, Benevides se posicionou ao lado dos acadêmicos na reivindicação pela votação paritária, sistema segundo o qual, o voto dos estudantes teria o mesmo peso do dos professores. Pelo sistema atual os professores têm poder quase absoluto sobre o processo eleitoral. Apesar de comporem o menor grupo, têm peso de 70% na votação, enquanto acadêmicos e técnicos administrativos dividem os 30% restantes.

O atual reitor Manoel Catarino Paes Peró alega que a reivindicação dos estudantes contraria a legislação vigente que não permite o voto paritário. A resistência do reitor em atender os estudantes culminou na invasão da reitoria da universidade na noite de ontem que só terminou por determinação judicial na tarde de hoje. “Eu não posso participar de um processo onde os estudantes são tratados como elementos perigosos”, comenta Benevides, para quem as eleições da próxima segunda-feira nada mais são do que “um jogo de cartas marcadas”. Benevides afirma que não está encarando sua desistência “como o fim da batalha, mas apenas o meio”. “Mesmo recuando das eleições e não alcançando o posto de reitor vou continuar lutando para que os estudantes tenham um ambiente saudável diferente do que é hoje”, salienta.

Em julho, Benevides que até então ocupava o posto de pró-reitor de Ensino da UFMS foi exonerado da função por Peró. Na época, ele e os outros candidatos a reitor haviam conseguido uma liminar para barrar a realização da consulta universitária marcada inicialmente para 4 de agosto. Com a saída de Benevides, permenacem na disputa pela reitoria da UFMS, a professora Célia Maria, apoiada pelo atual reitor; os professores Jair Vicente e Antônio Osório, da oposição.

Fonte: Valdelice Bonifácio - Midiamax

Eleições na UFMS: reitor anuncia adiamento da consulta

Devido às circuntâncias decorrentes da invasão ao prédio da reitoria, o Reitor Manoel Peró anuncia o adiamento da consulta à comunidade universitária, que seria feita neste dia 25 de agosto, para o próximo dia 2 de setembro, terça feira.

Fonte: Assessoria de perseguição UFMS

Coletiva de imprensa

A comissão de ocupação da reitoria da UFMS convoca a imprensa para presenciar a resposta do reitor Manoel Catarino Paes Peró, sobre o cancelamento da eleição para reitor e a convocação de um novo Conselho Universitário extraordinário para resolver sobre o processo eleitoral.

Estarão presentes à espera do reitor:
- a Comissão de Negociação da ocupação;
- a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB/MS, representado por Laírson Palermo;
- a Comissão do Centro de Direitos Humanos Marçal de Souz (CDDH).

A coletiva começa às 16h, no CDDH, que fica na Rua Manoel Vieira de Souza, 554, Vila Piratininga, 3314-2330.
OBS: PERÓ PREFERIU MANDAR A POLÍCIA FEDERAL RETIRAR OS ESTUDANTES DA OCUPAÇÃO, DO QUE RESPONDER À IMPRENSA.

Vídeos sobre a pacificidade da ocupação

Veja agora a saída dos funcionários do 1° andar, em que aparece a funcionária Teresa falando que até gostou da música que colocamos. Observem a calma dos funcionários saindo e a pacificidade dos acadêmicos em retirá-los de lá:

http://br.youtube.com/watch?v=JcGIpByPXKk

Vejam o vídeo em que, também, a funcionária Teresa, de dentro da reitoria, minutos após a expansão da ocupação, explica a situação por telefone e confirma que foi pacífico. Pela calma comprova que o caso da funcionária da COC foi exceção:

http://br.youtube.com/watch?v=V57OORmiaMc

Nota de esclarecimento

Ontem, às 17h30 os ocupantes da reitoria da UFMS expandiram a ocupação por todo térreo do prédio. Não houve confronto com os seguranças e foi pedido aos funcionários ainda presentes que se retirassem do local. Devido à quantidade de pessoas e ao ato ter sido inesperado aos funcionários da UFMS, uma funcionária da reitoria entrou em estado de choque, de acordo com os acadêmicos de medicina e psicologia que avaliaram-na e se recusou a sair. Os ocupantes chamaram o SAMU, que a levou para o hospital.

O movimento estudantil de ocupação reafirma: a ampliação da ocupação por todo o prédio foi um movimento pacífico, não havendo prejuízo ao patrimônio.

Em instantes postaremos os vídeos gravados que comprovam que não houve agressão física em nenhuma das partes envolvidas.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Acadêmicos e técnicos fazem paralisação na UFMS

Os estudantes e técnicos do campus de Campo Grande da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) cumpriram a promessa e paralisaram as atividades nessa quinta-feira. Logo pela manhã, cerca de 100 acadêmicos fecharam o portão de acesso à reitoria por uma hora, como parte das atividades programadas para o dia.

Cerca de 100 técnicos do Hospital Universitário (HU) também cruzaram os braços, aderindo à paralisação nacional da categoria que é contrária ao Projeto de Lei 92/2007, em trâmite no Congresso Nacional, que propõe a transformação dos HUs em Fundações Estatais de Direito Privado.

Segundo os estudantes, vinte cursos pararam em Campo Grande, o que não é confirmado pela reitoria. Os campi de Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Nova Andradina, Coxim e Paranaíba, todos no interior do Estado, também realizaram paralisações parciais.

Ocupação

O protesto começou no dia 7, durante a reunião do Conselho Universitário (Coun). Na ocasião, foi decidida a manutenção da eleição proporcional, onde os votos de alunos e servidores representam 15% cada, enquanto os professores têm 70% de participação. Os alunos exigem o voto paritário, que garante igualdade no peso entre os três setores nas eleições para reitor.

Uma lista com três nomes deve ser enviada a Brasília até o dia 10 de setembro, para que um seja escolhido pelo presidente da República. O novo reitor não precisa necessariamente ter sido o mais votado.

Outro ponto de conflito é a data da eleição, marcada já para o próximo dia 25, véspera do feriado de aniversário de Campo Grande, no dia 26. Os alunos temem que o comparecimento às urnas, que não é obrigatório, seja comprometido.

Hoje completam 16 dias que cerca de 150 estudantes se revezam ocupando a reitoria, dormindo no hall de entrada e em 75 barracas espalhadas pelos canteiros.

Afastamento

Os alunos pedem ainda a intervenção do Ministério da Educação (MEC) na instituição, para que seja designado um dirigente pro tempore para conduzir o processo eleitoral.

Também foi encaminhado um pedido ao MEC e ao Ministério Público Federal de afastamento do atual reitor, Manoel Catarino Paes Peró. Nas provas utilizadas pelos acadêmicos, além de irregularidades administrativas, o reitor é acusado de tentar agredir um aluno.

O MPF também recebeu uma denúncia anônima, com base nos apontamentos feitos pela Controladoria Geral da União (CGU) nos relatório de gestão de 2007 da UFMS, onde são apontadas irregularidades nas obras de construção da biblioteca central, reitoria e pró-reitorias, que podem ultrapassar os R$ 12 milhões.

Debate

Como parte da programação do dia, durante a tarde foram realizadas as “Olimpíadas na Reitoria”, onde equipes participaram de diversas provas após a doação de alimentos, que serão utilizados para alimentar os acadêmicos que dormem na reitoria. À noite foi realizado um debate com os candidatos a reitor da instituição.

Dos quatro concorrentes, dois compareceram a outros dois mandaram os vices. Foram cinco blocos onde cada um apresentou as propostas e responderem a perguntas feitas uns aos outros, pelo Diretório Central dos Estudantes (DEC) e pela platéia.

Ao final, os quatro assinaram um acordo que pede o adiamento das eleições em 60 dias, além da paridade no voto. O comitê de ocupação pretende enviar o documento ainda hoje para Brasília para reforçar o pedido de intervenção.